CÃES AJUDAM A IDENTIFICAR ESPÉCIES AMEAÇADAS
Projeto é de pesquisadora americana e começou pelo Parque Nacional das Emas. Farejadores ajudam a monitorar cinco mamíferos que vivem no cerrado
Do G1, com informações da Globo Rural.
O projeto de uma pesquisadora americana pode ajudar a preservar a fauna do cerrado brasileiro. A bióloga utiliza cães farejadores para identificar espécies ameaçadas de extinção. O trabalho começou pelo Parque Nacional das Emas, em Goiás.
Veja o site do Globo Rural -
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL421868-5598,00-CAES+AJUDAM+A+IDENTIFICAR+ESPECIES+AMEACADAS+DE+EXTINCAO+EM+GO.html
Os cães passam por um treinamento parecido com o dos cães que procuram
drogas. Eles identificam fezes de animais ameaçados de extinção e ganham
recompensa quando encontram o material. O trabalho faz parte de um estudo de
preservação ambiental.
Os pesquisadores escolheram a região do Parque Nacional das
Emas para ser a pioneira no desenvolvimento do projeto por causa da
biodiversidade do lugar. A área reservada para pesquisas é de três
quilômetros quadrados.
Os cães ajudam a monitorar cinco mamíferos que vivem no
cerrado. São eles: a onça-parda, a onça-pintada, o lobo-guará, o
tatu-canastra e o tamanduá-bandeira.
O lugar onde as fezes são encontradas é
marcado com um GPS, aparelho de monitoramento via satélite. “Essa
localização é importante para saber não só o uso de habitat animal, mas
também como eles estão mudando, atravessando a paisagem”, explicou a bióloga
Carly Yynne.
Parte do material coletado é analisada no Brasil. Outra é levada para os
Estados Unidos. Através do estudo das amostras, é possível fazer um controle
das espécies, saber quantos animais vivem na região e descobrir como
utilizam o ambiente dentro e fora do parque.
A nova técnica de estudar os animais traz informações que ajudam a entender
melhor o meio ambiente. O método chama a atenção. Mas a coleta do material
biológico acontece sem a captura do animal. “Essa pesquisa dá uma ferramenta
diferente. Se o ser humano começa a entender a natureza sem precisar
capturar, sem precisar sacrificar, sem precisar estressar os animais, é uma
alternativa que mostra que estamos no caminho certo porque a gente está
pegando os mesmos dados que outras pesquisas anteriores sem precisar
estressar”, disse Rogério de Souza, diretor do parque.
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